Ah, a Pré-Libertadores… esse torneio que, na teoria, deveria ser um aquecimento para os times brasileiros, mas que, na prática, virou uma versão esportiva de um paredão do BBB: alguém sempre sai eliminado antes mesmo de curtir a festa. Este ano, o Corinthians foi a vítima mais recente dessa tradição tão brasileira quanto reclamar do VAR e prometer que “ano que vem vai ser diferente”.
A Ilusão do Favoritismo
O roteiro se repete como novela mexicana: o time brasileiro chega com moral, camisa pesada e frases prontas do tipo “sabemos das dificuldades, mas confiamos no nosso trabalho”. Os adversários? Equipes desconhecidas, muitas vezes com jogadores que você só descobre que existem no dia do jogo. A torcida pensa: “vai ser tranquilo”. Spoiler: nunca é.
O problema é que, quando a bola rola, a confiança vira desespero. Enquanto os times brasileiros se enrolam como alguém tentando abrir um pote de palmito com a mão molhada, os adversários sul-americanos jogam como se fosse final de Copa do Mundo. E pior: eles realmente sabem jogar a Libertadores.
O Futebol Raiz vs. Futebol Gourmet
Aqui está o dilema: times brasileiros chegam na Pré-Libertadores achando que é questão de botar a bola no chão e esperar que o talento resolva. Mas do outro lado estão equipes formadas por guerreiros que jogam em gramados que mais parecem pastos e já enfrentaram condições que fariam o futebol europeu parecer brincadeira de criança. Se a bola rola devagar, eles chutam pra frente. Se falta técnica, sobra raça. Se a torcida adversária joga um rojão em campo, os jogadores nem piscam.
Enquanto isso, os times brasileiros gastam milhões, mas esquecem que, na Libertadores, o que conta não é só orçamento e status, mas sim aquela mentalidade de “vamos dar carrinho até na sombra e sair daqui vivos”.
O Jogo de Volta: O Terror Nacional
Se o jogo de ida já é sofrido, o jogo de volta é um filme de terror. Sempre há aquele roteiro clássico:
O time brasileiro perde um gol feito aos 5 minutos;
O goleiro adversário começa a fazer cera aos 10 minutos do primeiro tempo;
O atacante do time sul-americano faz o famoso “gol espírita” aos 30 do segundo tempo;
Nos acréscimos, o time brasileiro ataca desordenadamente, manda a bola na arquibancada e perde por um gol de diferença.
E pronto. Mais um ano sem Libertadores.
Soluções para o Futuro (Ou Não)
Depois da eliminação, os discursos seguem um padrão:
“Agora vamos focar no Brasileirão” (porque sobrou só isso mesmo);
“Libertadores é diferente, precisamos aprender” (mesmo jogando há décadas);
“Vamos trabalhar forte para não acontecer de novo” (até acontecer de novo).
Talvez a solução para o problema seja simples: aceitar que a Pré-Libertadores não é pré-treino e jogar com a alma de quem sabe que um gol pode ser a diferença entre glória e chacota.
Enquanto isso não acontece, seguimos com a tradição anual das eliminações brasileiras, que já poderiam ser incluídas no calendário oficial do futebol sul-americano.
Que venha o próximo ano – e a próxima vítima! ⚽😂
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[…] tempo seguiu equilibrado, com chances para os dois lados. Quando o empate parecia inevitável e os torcedores já faziam contas mirabolantes para a classificação, Vinícius Júnior decidiu incorporar o […]